Pelo contexto político e econômico do país, nada mais natural que iniciemos as atividades do blog analisando sob nossa ótica
(aceito opiniões divergentes) o momento que a sociedade brasileira atravessa e
os caminhos que precisam ser trilhados para construirmos de fato uma nação
forte, plural e mais justa, onde a busca por interesses coletivos sejam os
vetores para o desenvolvimento da nossa gente, do nosso povo.
Vou iniciar pedindo um favor aos leitores. Se você
é simpatizante de algum partido ou político específico, procure se desfazer por
um instante de suas ideologias ou ressentimentos e reflita sobre a necessidade
de criarmos um grande pacto nacional que não tolere nenhum tipo de ilicitude
com a coisa pública, inclusive aquelas praticadas por pessoas ou grupos
próximos a nós.
Após esse exercício, temos que ter a consciência e
reconhecer que a corrupção existente no país não é uma conduta inaugurada ao
longo dos últimos, mas sim um fato que nos acompanha desde os tempos de nosso
colonizadores. Isso não quer dizer, no entanto, que devemos nos apoiar nessa
muleta histórica para justificar a impunidade em favor dos atuais agentes
públicos e/ou detentores de cargos eletivos.
O país está dividido lamentavelmente. Num grupo
estão aqueles que defendem o governo cheio de podres e sujeira, no outro grupo
estão aqueles que defendem a oposição atolada em lama e falcatruas do passado e
atuais. As pessoas desses dois grupos atuam travestidos de moralistas e
honestos, bebendo na pior das fontes. Naquela preconizada pela máxima que
garante “aos amigos os favores da lei, aos inimigos os rigores da lei”.
São pessoas que defendem cadeia para o vizinho e os filhos, mas para si e seus
filhos defendem todas as vantagens e benefícios indevidos que o Estado pode
proporcionar. Batem panela pra denunciar uns bandidos e fazem feijoada na mesma
panela para comemorar e aplaudir os bandidos amigos. Hipócritas na essência!!
Nessa guerra demagógica, fica a pergunta: QUEM
DEFENDERÁ OS INTERESSES DO POVO?
A margem desses dois grupos, existe um que é
minoritário, formado por pessoas de bem que se revoltam, ficam indignados e se
organizam para combater todo tipo de ilicitude cometida contra a coisa pública,
mas obviamente que essas pessoas estão fora dos holofotes, tendo pouco espaço
na mídia e com os formadores de opinião.
Esse grupo não se restringe a ler a revista VEJA ou
assistir ao Jornal Nacional, são pessoas que buscam a informação nos mais
diversos veículos de comunicação. Não rugem para uns e ficam mansos para
outros. Acreditam na honestidade e são movidos pela vontade genuína de
construir um país melhor às futuras gerações.
Só haverá mudanças reais em nosso país quando mais
pessoas abandonarem suas causas ideológicas individuais e se juntarem em torno
de uma causa nacional que combata a corrupção e falcatruas, não importando sua
origem.
Ademais, é importante lembrar que não é com o
extermínio de um partido ou pessoa que iremos restabelecer o reino da
honestidade e da justiça. Esse tipo de pensamento age como cortina de fumaça
que não colabora em nada com a democracia. Temos sim que exigir reformas
profundas em nossos sistemas, iniciando com uma que modernize os três poderes
do Estado (executivo, legislativo e judiciário) para que seus agentes sintam-se
impedidos de atuar contra os interesses públicos.
Corrupção nunca deixará de existir em nenhuma
sociedade, pois a lógica de acúmulo de propriedade estabelecida ao longo da
história da humanidade, somada a nossa natureza primitiva de conflito, faz com
que o homem queira sempre mais, mesmo que para isso ele tenha que submeter
outras pessoas a miséria, descaso e sofrimento.
Não se enganem, o gigante não acordou como a
maioria dos formadores de opinião afirmam, o que tem acontecido é um embate
fisiológico sangrento entre os marginais que estão no poder e os marginais que
pretendem retomar o poder. Ambos utilizam da mesma estratégia, recrutando
pessoas com interesses comuns para defender bandeiras que só beneficiarão a
eles mesmos.
Minha conclusão é a seguinte, o governo e aliados
se mostram mestres em saquear e quebrar as empresas públicas. A oposição e
aliados são mestres em saquear e entregar de bandeja as empresas públicas nas
garras da iniciativa privada e os demais partidos são mestres em fazer acordo
com quem quer que seja, desde que garantam para si vantagens ilícitas em alguma
negociata.
Cabe a todos, que não fazem parte desses dois grupos sórdidos, se unirem para denunciar e não permitir toda e qualquer ilicitude e agressão aos interesses do povo. A honestidade nunca erra!!
Cabe a todos, que não fazem parte desses dois grupos sórdidos, se unirem para denunciar e não permitir toda e qualquer ilicitude e agressão aos interesses do povo. A honestidade nunca erra!!